Os benefícios de ser promovido a diretor-executivo vão muito além do salário maior, do bônus mais polpudo e das viagens internacionais longe da classe econômica. O novo status dentro da empresa permite também ir à concessionária Mercedes-Benz e voltar para casa conduzindo um Classe C200 CGI BlueEfficiency.
O ‘Diário'' avaliou a versão Avandgarde de R$ 149,9 mil - a Sport, com mais itens de série, custa R$ 175 mil - e logo nos primeiros quilômetros constatamos: trata-se de um legítimo Mercedes de corpo, alma e... desempenho.
Este motor quatro cilindros 1.8 CGI (Charged Gasoline Injection) tem como novidades o sistema de injeção direta de combustível e o turbo, que substitui o antigo compressor. Assim, os engenheiros da marca conseguiram obter melhor desempenho, reduzindo os índices de emissões e o consumo - 15% menor que um propulsor convencional (sem injeção direta), segundo a montadora.
O C200 CGI desenvolve 184 cv de potência a 5.250 rpm e torque de 27,5 mkgf entre 1.800 e 4.600 rpm. Para ir de 0 a 100 km/h são necessários 8,2 segundos e a velocidade máxima é de 232 km/h.
Tal vigor pôde ser sentido no cotidiano. Devido o torque máximo estar disponível em ampla faixa de rotação, as acelerações e retomadas são robustas e eficientes. O motorista não fica na mão, por exemplo, nas ultrapassagens.
Importante ressaltar a sinergia do motor com a transmissão automática de cinco velocidades de engates suaves e que pode trabalhar, de acordo com a opção do motorista, nos modos Comfort (troca em baixas rotações) ou Sport (trocas em rotações mais elevadas). A seleção é feita por meio de um botão ao lado do câmbio.
Ponto negativo para as trocas manuais, feitas tocando a manopla lateralmente (para esquerda e para direita) e não de forma longitudinal (para frente e para trás). Incômodo!
Independente nas quatro rodas, a suspensão agrada. Com acerto rígido - sem ser desconfortável - , o sedã proporciona diversão quando a condução é mais esportiva e arrojada.
CONFORTO - Quando o assunto é Mercedes, conforto é tema obrigatório. E o C200 CGI não desonra a marca. A começar pelo acabamento sob medida, que mistura peças emborrachadas e de aço escovado, encaixadas perfeitamente. Os bancos - assim como o painel das portas, manopla e volante - são revestidos em couro.
O espaço também valoriza a vida a bordo. São 4,58 metros de comprimento - 2,76 metros de entre eixos. Quem viaja no banco traseiro não passa aperto. O porta-malas tem 475 litros de capacidade.
A lista de itens de série oferece ainda ar-condicionado de duas zonas, direção hidráulica, freios com ABS, controle de estabilidade (ESP), controlador de velocidade, limitador de velocidade, seis air bags (frontais, laterais e tipo cortina), teto solar, rádio CD player com conectividade Bluetooth. Os ajustes dos bancos são elétricos, com exceção do longitudinal e do encosto.
O painel de instrumentos, que já mostra estar levemente ultrapassado, tem boa leitura. As informações do computador de bordo são exibidas no centro do velocímetro.
DESIGN - O visual do C200 CGI agrada. É clássico sem ter cara de ‘tiozão''. Transmite até certa jovialidade. Mas é importante destacar que o Classe C com ‘facelift'' foi apresentado em Detroit e deve chegar ao País no primeiro semestre, apesar da Mercedes não confirmar.
VEREDICTO - O motor CGI garantiu desenvoltura ao Classe C. Tem estilo, agrega status, oferece desempenho satisfatório e conforto para os mais exigentes. É boa opção para o executivo recém-promovido.