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terça-feira, 24 de abril de 2012

Mercedes C 63 AMG é força bruta


O sol brilha sobre a pintura branca perolizada do novo Mercedes-Benz Classe C 63 AMG, tabelado a US$ 249.900 (cerca de R$ 455 mil), estacionado no pátio do jornal. A cada passo de aproximação, as curvas de seu desenho se tornam mais sedutoras, até que a pinça vermelha do freio, com a sigla AMG, faz salivar. Quem conhece a divisão esportiva da marca alemã sabe o que essas três letras são capazes de fazer.


A porta se abre, como a da esperança, e o presente é como no antigo programa de televisão. O acabamento do Mercedes impressiona, a tela LCD do navegador GPS cria um clima, e o AMG do belo e funcional painel, acompanhado da velocidade máxima de 320 km/h marcada no velocímetro – embora esta seja limitada eletronicamente a 250 km/h –, dá a certeza do prazer.


Um desenho de uma xícara de café está no painel: é o sistema de alerta de fadiga, que lê sinais e sugere uma parada para descanso. Mas quem teria sono dirigindo o C 63 AMG?

Ao girar a chave, a rotação sobe a 8 mil e desce de uma vez, gerando um ronco alto e grave. A vontade de acelerar é quase angustiante, mas é preciso respeitar as leis e a velocidade máxima permitida é de 120 km/h. Tudo bem, ele vai de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos, conforme a fabricante, e chegar a 120 km/h demora pouco na brincadeira de retomar e desacelerar.

O isolamento acústico ruim do cofre do motor é proposital e o ruído do 6.2 V8 invade a cabine sem cerimônia, numa canção muito melhor que alguns hits das rádios. São 487 cv de potência a 6.800 rpm e 61,2 mkgf de torque a 5 mil rpm, muito para qualquer carro e estrada e mais do que suficiente para fazer do C 63 AMG um dos automóveis mais divertidos do mercado.

O câmbio automático de sete marchas com hastes atrás do volante também ajuda a fazer o motorista grudar no banco quando se enche o pé no acelerador. Por falar no banco, ele abraça o corpo como uma mãe saudosa e é perfeito para carentes.

A estabilidade, com todos os controles ligados, é sensacional. Basta apontar que o C 63 vai, como se sobre trilhos. Com o controle de estabilidade desligado, porém, ele sai bastante de traseira. E a suspensão, quem diria, continua a quicar de raiva em cada buraco que passa.

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