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quarta-feira, 11 de abril de 2012

SLK 250 é um roadster radical moderado


A política do IPI elevado em 30 pontos percentuais para automóveis importados virou o catálogo de carrões da Mercedes-Benz de ponta cabeça, principalmente da aprazível linha SLK, o famoso roadster compacto da marca alemã.


Em 2011, a montadora embelezou o mercado brasileiro com a terceira geração do SLK nas versões 200, de entrada (e fraquinha), e 350, o modelo top antes da série “animalesca” AMG. Com o aumento da alíquota, o primeiro ficou caríssimo e o segundo chegou a um valor impraticável. Para solucionar o problema (ao menos em termos), a Mercedes trouxe para o Brasil a opção 250 (intermediária no exterior) por R$ 249.900 e deixou de vender os demais – o SLK 55 AMG chega ainda no primeiro semestre.


Claro que está longe de ser um carro barato, mas segundo o pessoal da montadora o reajuste na gama, que teve inclusive abatimento na margem de lucro (praticamente um milagre no Brasil), deixou o SLK competitivo perante seus concorrentes, como o Audi TT, BMW Z4 e Porsche Boxster que atingem somente uma clientela abastada. A expectativa da marca é vender 400 unidades do carro até o final de 2012 – em 2011, antes do novo IPI, a Mercedes-Benz emplacou 700 exemplares do conversível.


Das três versões do SLK, o 250 é o mais, digamos, “redondo”. Não é fraco como o 200 e nem tão estúpido como o 350. Fica no meio termo, e isso é bom de diferentes formas. Seu motor é o mesmo 1.8 Turbo do ex-modelo de entrada, mas com 204 cavalos de potência e 31 kgfm de torque. Idem para o câmbio, no caso a caixa automática sequencial 7G-Tronic Plus de 7 marchas, mas com um ajuste mais radical. Resumindo, é um conjunto delicioso.

Impressões ao dirigir

O SLK 250 é um daqueles carros que transmitem tanta segurança que chega a botar medo. Rodando a 120 km/h ele é tão estável e “na mão” que parece estar a uma velocidade bem inferior a essa, por isso é preciso tomar muito cuidado, caso contrário você passa dos 160 km/h (ou mais) pensando que está a 100 km/h.

Saídas de pedágios são um convite a conferir o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h deste roadster. Em nosso test-drive pagamos cinco taxas com prazer. Segundo a fabricante, a aceleração em questão é feita em 6,6 segundos e eu não duvido. Já a velocidade máxima, mais uma vez conforme dados da marca, é limitada em 243 km/h.

Por ser muito baixo e equipado com pneus de banda larga - 225/45 na frente e 245/40 na traseira - e suspensão independente, o SLK 250 “gruda” suas rodas aro 17” no asfalto, mesmo em curvas contornadas em alta velocidade. E ele consegue ser estável assim mesmo com tração traseira, que tende a tornar o comportamento do veículo mais arisco – se optar por desligar o controle de estabilidade (ESP) o carro encarna o lado negro da força e sai de traseira com gosto levantando fumaça (vulgo drift).

O câmbio também funciona que é uma beleza. As trocas no programa “Economic” já são o suficiente para empolgar, mas se você quiser mais pode escolher o modo Sport. Ah, o modo Sport... Nessa opção as mudanças de marcha ocorrem sempre no limite, acima de 6.000 rpm, e nas reduções a transmissão faz um punta-taco automático, que consiste em elevar o giro do motor antes do engate ser executado, melhorando a performance do roadster nas retomadas.

Essa versão do SLK ainda é um tanto “marrenta”. O ronco do motor 1.8, apesar de relativamente pequeno, é alto e em certos momentos parece até um V8. Isso é um interessante truque da Mercedes, que “canaliza” o ruído do propulsor para dentro da cabine. Essa experiência sonora ainda pode ser ampliada com a capota aberta, só não esqueça o boné e o protetor solar.

Conteúdo de ponta

O SLK é uma espécie de mini-SLS AMG, tanto no que diz respeito ao visual até o nível de equipamentos. Seu design, tanto externo como interno, tem diversos pontos similares ao modelo com as portas asa-de-gaivota com um “que” retrô inspirado na aviação.

A lista de equipamentos é vasta. Inclui ar-condicionado com duas zonas de climatização, aparelho de som com alto-falantes de alta definição, bancos de couro (com tecido que esquenta menos) com aquecimento e regulagem elétrica, seis airbags, sensores de estacionamento com assistência de estacionamento e por aí vai.

Divertido qualquer um dos SLK é. Isso não é nenhum segredo. A diferença é o quanto cada versão pode divertir e o quanto você pode gastar. Neste caso, o 250 está de bom tamanho para o nosso mercado e para nossa alegria.
Fonte: iGCarros

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